sexta-feira, 11 de setembro de 2009

De mãos dadas

E sem dar conta...

É como se todas as letras fugissem do abecedário, levando atrás uma multidão de palavras despidas de sentido.
É como se o vento varresse as praias, levando atrás uma multidão de areia desabrigada.
É como se o sol se esquecesse de acordar e tu te esquecesses de olhar para mim, adormecida no mesmo sono.
É como se os ponteiros do relógio andassem ao contrário e dessem as horas com pontos finais.

E de repente....

Cortas-me a fala e dizes que sim.
Os ponteiros voltam a girar e a dar horas em números.
O sol acorda e tu acordas com ele.
Abres os olhos e eu estou lá outra vez.
Vamos ao nosso lugar, agora com a areia perfeitamente ordenada.
Peço-te o ouvido emprestado, agarro-te a mão e digo-te o melhor que consigo, agora que as palavras voltaram.